Redução de Mama

O que é a Redução de Mama?

Não existe nada mais relativo que o conceito de beleza e dentro deste, o conceito da mama ideal . Seu volume, forma e tamanho variam de acordo com os conceitos culturais, sociais, raciais e mesmo individuais. Estes padrões são tão relativos que em nenhum outro país do mundo faz-se tanta mamoplastia redutora (cirurgia para redução da mama) quanto no Brasil. Aqui a mama de forma cônica de pequeno a moderado tamanho é a que melhor se adequar ao padrão de beleza brasileiro atual.

Uma outra especial consideração consiste na esfera sexual em que a mama deixa de ser apenas uma glândula produtora de leite para se tornar um símbolo de feminilidade, de sedução, de prazer, um “sex-appeal”. E é dentro desta esfera que encontramos um possível obstáculo no que diz respeito à cirurgia plástica: A CICATRIZ. Existem inúmeras técnicas operatórias; porém todas elas por melhor que seja o processo cicatricial, sempre deixarão cicatrizes. Atualmente esta questão vem nos preocupando bastante e fazendo com que estudemos cada vez mais, procedimentos para tentar diminuí-las ou ao menos deixá-las mais aceitáveis. Se uma mulher, no entanto, está psicologicamente incomodada com o tamanho ou forma de sua mama, se julgando pouco atraente ou fora dos padrões habituais de beleza, ela poderá se tornar mais segura e satisfeita submetendo-se a uma cirurgia, apesar da cicatriz.

A cicatriz final de uma mamoplastia redutora poderá ser em “T-invertido” (muito utilizada), em “L”, apenas vertical ou ainda peri-areolar (ao redor da aréola) – cada uma delas com vantagens e desvantagens. A opção só deverá ser tomada após uma avaliação clínica detalhada permitindo ao médico expor qual a melhor técnica para a mama específica e à paciente esclarecer suas dúvidas e mostrar seus anseios .

A indicação para a cirurgia redutora consiste na hipertrofia mamária (mamas aumentadas de volume) ou na ptoses (mamas caídas). Para a primeira a cirurgia visa a redução do conteúdo mamário, enquanto para a ptose a cirurgia resseca-se o excesso de pele e remonta-se a mama.É possível e ainda muito freqüente a associação de hipertrofia e ptose mamarias.

Uma paciente jovem pode amamentar após sua cirurgia na maioria das técnicas. Apenas nos casos de secção dos ductos mamários é que a amamentação pode ficar comprometida. No entanto, é importante lembrar que a gravidez modifica com freqüência a forma e o conteúdo da mama; e que se ocorrer após a cirurgia, prejudicará o resultado final.

Na grande maioria dos casos, a aréola alcança sua nova posição presa à glândula que ficará (manobra chamada de transposição); porém nos casos de mamas muito ptosadas (caídas), torna-se necessário sua desconexão com a glândula para alcançar seu ponto ideal (enxertia). Nestes casos o resultado estético é um pouco aquém do desejado e a paciente dificilmente conseguirá amamentar (razão discutida acima).Felizmente a enxertia é raramente necessária.

Mulheres com displasias mamárias podem, com a autorização de seus mastologistas, aproveitarem a cirurgia para ressecarem as áreas alteradas. Se, no entanto forem muito grandes as displasias, a reconstrução mamária se dará através de próteses.
Se a paciente tiver tendência à formação de quelóide ela deverá conversar com seu médico, pois poderá desenvolvê-la também na cicatriz da mama e algumas medidas poderão ser tomadas para preveni-lo.

Cuidados Pré Operatórios

  • É aconselhável que cesse o fumo por pelo menos quatro semanas antes da cirurgia.
  • Medicações como anti-inflamatórios, os derivados do ácido acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®, Doril®, Alka-seltzer®, entre outras) e anticoagulantes, alteram a coagulação sanguínea e devem ser evitados no pré-operatório por no mínimo dois semanas. Quaisquer outros medicamentos devem ser comunicados ao médico previamente.
  • Acnes, processos inflamatórios ou dermatites intensas (muito comum abaixo de mamas mais volumosas) devem ser tratadas previamente e a cirurgia só deverá ser realizada após o tratamento.
  • Um regime alimentar ou mesmo um tratamento endocrinológico é importantíssimo antes dos procedimentos cirúrgicos para as pacientes que estão acima do seu peso ideal. O resultado da mamoplastia não será o mesmo, comprometendo o resultado estético caso a cirurgia seja feita em condições não ideais. A perda de peso pós-operatória em pacientes que se submetem à cirurgia ainda obesas levará a uma queda (ptose) mamária com muita freqüência.
  • Solicitamos sempre alguns exames para conhecermos melhor o organismo da paciente, estarmos preparados para a cirurgia, assim como tratarmos de alguma alteração que a paciente porventura apresentar. O hemograma e o coagulograma são imprescindíveis; os demais são solicitados de acordo com a paciente. Mulheres acima de 40 anos ou com história prévia ou sugestiva deverão também se submeter a um risco cirúrgico através de uma avaliação cardiológica.
  • É necessário um período de 8 (oito) horas de jejum para a realização do procedimento cirúrgico.

Cuidados Pós Operatórios

  • Acostumada com o peso de uma mama volumosa se depara agora com uma nova mama o que necessitará também de uma nova postura. Matenha-se esguia, com os ombros relaxados e a coluna ereta; e, nos primeiros dias de pós-operatório com os braços junto ao tronco. Atividades como pentear os cabelos, vestir uma roupa fechada ou qualquer outra que necessite afastar muito os braços do tronco (abdução) não são recomendadas no pós-operatório imediato. Opte, portanto por roupas práticas, leves e com abotoamento anterior. Para dormir ou relaxar a melhor posição é o decúbito dorsal (barriga para cima), o que não impede o decúbito lateral desde que as mamas não sejam diretamente apoiadas.
  • Além de todos os efeitos maléficos conhecidos sobre a exposição solar (vide apostila específica) tanto o sol quanto o calor edemaciam muito as mamas e aumentam o risco de sangramento. A exposição direta de raios ultravioletas sobre a cicatriz pode ainda corá-la deixando-a mais escura até o período de maior maturação cicatricial (três meses).
  • Para ginástica ou para se carregar pesos, o ideal é que se evite por um período de três meses. Atividades profissionais leves poderão ser retornadas após a 3ª semana; as demais após dois meses. Relações sexuais só alteram o pós-operatório quando as mamas são manipuladas ou apoiadas.
  • Embora exista sutiens feitos exclusivamente para a cirurgia plástica, o ideal é o liso; sem muitos detalhes, rendas, barbatanas ou costuras.Consulte seu médico com relação ao número a comprar.
  • Após o 3º dia poderá ser normal sem muita manipulação no local da cirurgia, no entanto nos primeiros dias o ideal é que a mama não seja diretamente molhada. Consulte seu cirurgião e pergunte a ele o ideal para o seu caso.
  • Drenagem Linfática é um procedimento muito útil, mas só poderá ser realizada por uma pessoa especializada.
  • Massagem na cicatriz e fita de micropore: Ambos muito utilizados na hora certa e por um determinado tempo (certifique-se com seu médico).

Todos os cuidados acima variam de paciente para paciente; e de médico para médico. Cada um possui sua sistemática. SIGA APENAS AS QUE O SEU PRÓPRIO MÉDICO RECOMENDAR